Microcrédito: Uma Ferramenta de Inclusão Social e Económica
Palavras-chave:
Economia informal, Empreendedorismo feminino, Grameen Bank, Microcrédito quitandeira, ZungueiraResumo
O Microcrédito tem-se demonstrado um instrumento financeiro inovador com elevado potencial no combate à pobreza e exclusão social, particularmente em países em desenvolvimento como Angola, onde o acesso ao sistema bancário formal é limitado e a economia informal predomina. Este artigo analisa criticamente a evolução histórica do microcrédito, destacando experiências paradigmáticas como o Grameen Bank de Muhammad Yunus [¹], e examina seu impacto socioeconómico e ético em diferentes contextos, com foco na realidade angolana, incluindo a participação de Zungueiras e Quitandeiras. Estas mulheres, frequentemente envolvidas na venda informal de bens e serviços, representam um segmento significativo da economia informal angolana e poderiam beneficiar imenso do acesso a microcréditos, num contexto e espirito que contêm os pressupostos da sua criação. A revisão bibliográfica e documental sistemática indica que o microcrédito, quando implementado de forma responsável e inclusiva, poderá promover o empreendedorismo, reduzir as desigualdades de género, fortalecer o capital social e impulsionar o desenvolvimento local. Contudo, o sucesso depende de um enquadramento institucional sólido, transparente e adaptado às necessidades específicas dos grupos em estudo, considerando igualmente os desafios culturais e as limitações de acesso à informação e tecnologia. A análise considera as potenciais barreiras para o acesso ao crédito por parte das Zungueiras e Quitandeiras, como a falta de garantias, a informalidade das suas actividades e a complexidade dos processos burocráticos que ainda subsistem em Angola.
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